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quinta-feira, 31 de março de 2011

Aniversário de Marabá

MARABÁ 98 ANOS

Vencemos o rio, transpusemos as cachoeiras, navegamos o impossível, vasculhamos o leito rochoso à procura de gemas preciosas. Extraímos o cristal, garimpamos o ouro. Penetramos nas matas, subjugamos a natureza, rasgamos estradas, transformamos o ambiente, criamos o boi e plantamos a riqueza. Extraímos o caucho e colhemos a castanha. Vencemos batalhas contra as doenças, as febres, as pragas, as adversidades que eram grandes. Tudo sem anúncios, sem alardes, sem trombetas.
Depois vieram os outros, brasileiros também, mas a luta maior, a batalha principal estava vencida, a natureza domada.
Agora, somemos todos na multiplicação da riqueza, na expansão do bem comum, na busca de melhores dias nesta terra de lindas praias, de manhãs de luz e poentes de fogo.
(Raymundo Rosa, "Marabá". Notícias de Marabá, 4(20): 1,31 de julho de 1974.)

Marabá tem como característica sua grande miscigenação de pessoas e culturas, que faz jus ao significado popular do seu nome: "filho da mistura”. A cidade também é conhecida como Cidade Poema, pois seu nome foi inspirado no poema Marabá de Gonçalves Dias.

Eu vivo sozinha; ninguém me procura!
Acaso feitura
Não sou de Tupá?
Se algum dentre os homens de mim não se esconde,
— Tu és, me responde,
— Tu és Marabá!

— Meus olhos são garços, são cor das safiras,
— Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar;
— Imitam as nuvens de um céu anilado,
— As cores imitam das vagas do mar!

Se algum dos guerreiros não foge a meus passos:
"Teus olhos são garços,
Responde anojado; "mas és Marabá:
"Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes,
"Uns olhos fulgentes,
"Bem pretos, retintos, não cor d'anajá!"



— É alvo meu rosto da alvura dos lírios,
— Da cor das areias batidas do mar;
— As aves mais brancas, as conchas mais puras
— Não têm mais alvura, não têm mais brilhar. —

Se ainda me escuta meus agros delírios:
"És alva de lírios",
Sorrindo responde; "mas és Marabá:
"Quero antes um rosto de jambo corado,
"Um rosto crestado
"Do sol do deserto, não flor de cajá."

— Meu colo de leve se encurva engraçado,
— Como hástea pendente do cáctus em flor;
— Mimosa, indolente, resvalo no prado,
— Como um soluçado suspiro de amor! —

"Eu amo a estatura flexível, ligeira,
"Qual duma palmeira,
Então me responde; "tu és Marabá:
"Quero antes o colo da ema orgulhosa,
"Que pisa vaidosa,
"Que as flóreas campinas governa, onde está."

— Meus loiros cabelos em ondas se anelam,
— O oiro mais puro não tem seu fulgor;
— As brisas nos bosques de os ver se enamoram,
— De os ver tão formosos como um beija-flor!

Mas eles respondem: "Teus longos cabelos,
"São loiros, são belos,
"Mas são anelados; tu és Marabá:
"Quero antes cabelos, bem lisos, corridos,
"Cabelos compridos,
"Não cor d'oiro fino, nem cor d'anajá."

E as doces palavras que eu tinha cá dentro
A quem nas direi?
O ramo d'acácia na fronte de um homem
Jamais cingirei:

Jamais um guerreiro da minha arazóia
Me desprenderá:
Eu vivo sozinha, chorando mesquinha,
Que sou Marabá!

Hino de Marabá

Letra: Pedro Valle e Moisés da Providência Araújo
Música: Moisés da Providência Araújo
Hino elaborado em 05/04/1963, por ocasião d Cinquentenário e Marabá.

I
Deslumbrante é o marulhar do Tocantins
No soberbo e majestoso curso de beleza
Que as vistas cobiçosas do mundo desconhecem
Pois Deus o fez assim disfarçado em singeleza.

ESTREBILHO
És cidade relicária graciosa
Imponente na história que palpita
Nos corações de teus filhos
Que cantam sem cessar
MARABÁ! MARABÁ! Terra Bendita.
II
Deu-nos berço de bonança e de alegria
Por ter vivido aqui os nossos velhos ancestrais
Deu enfim ao seu povo a terra hospitaleira
Com os lauréis da glória - os vastos castanhais
III
Como precioso presente imerso ao leito
Várias blendas como prêmio deu a natureza
Deu-lhe o Ouro, o Cristal, em profusão o Diamante
Na mais pura e vicejante seara de riqueza.

Artigo

Marabá 98 Anos
Maravilhosa rainha do Tocantins, fundada pelo maranhense Francisco Coelho que quando aqui chegou apostando na prosperidade da terra fundou uma casa comercial com o nome Marabá.
Os ciclos econômicos fizeram com que Marabá crescesse e seu nome tornasse referência em relação as riquezas que aqui foram encontradas: caucho, castanha, ouro, diamantes, terra boa para desenvolvimento da pecuária e hoje terra do minério  com a implantação de um distrito industrial. O ciclo de exploração predatório nos deu o título de “cidade dos castanhais”. Nossas castanhas tombaram diante da exploração predatória trazida pelos grandes projetos destinada a um momento histórico da economia, do capital nacional aliado ao internacional que não pouparam esforços em modificar o meio ambiente e as populações locais, com os chamados grandes projetos.
Os grandes projetos gestados em gabinetes e longe dos nossos anseios de marabaenses, não se preocuparam na preservação dos costumes, nas crenças e na economia da população local.
Já perdemos vários títulos e ganhamos vários outros, não vamos nos perder em saudosismos, pois como marabaense e amando a essa cidade, acredito como Chico Coelho no seu potencial de um desenvolvimento e espero que Marabá cada vez mais se torne uma cidade da paz, do progresso, do respeito, da dignidade, da valorização do educador e do educando.
Refiro-me a educação por ser a escolha que fiz em relação a uma profissão. Sou professora de carteirinha e tenho orgulho de ser, não saberia fazer algo de diferente, nasci professora, acredito em uma educação de qualidade como pré requisito para o pleno desenvolvimento do ser humano. A luta é árdua, a batalha não é fácil, mas o resultado é a recompensa de dirigir hoje uma escola de referencia em relação a qualidade do ensino, de compartilhar e liderar uma equipe que busca através da formação continuada que conduz a reflexão/ação,  a trilhar um caminho seguro que vai ajudar Marabá a sentir-se orgulhosa em se tornar referencia em educação de qualidade.
Parabéns Marabá, 98 anos de emancipação política e não a faz tão velha, você é uma jovem senhora que ainda muito tem a brilhar nas trilhas do progresso, do desenvolvimento sustentável, no coração dos teus filhos que cantam sem cessar. Marabá! Marabá! Terra bendita.
Maria Lúcia Silva de Souza (diretora da E.M.E.F. Elinda Simplicio Costa/ Professora da E.E.E.M. Plínio Pinheiro).  Licenciada Plena e Bacharel em História da Amazônia. Pós Graduada em História da Amazônia,  Gestão Escolar e Supervisão.


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